Quer queiramos, quer não, o dinheiro assume uma relevância enorme no nosso dia-a-dia. Tanto nos permite ter experiências incríveis e criar memórias inesquecíveis, como pode ser uma verdadeira fonte de preocupações, stress e ansiedade.
Não importa qual é o nosso salário, se temos o nosso negócio ou se trabalhamos por conta de outrem. A verdade, é que uma boa gestão das nossas finanças pessoais é algo que nos deve preocupar a todos e há algumas técnicas que nos podem ajudar a ter uma saúde financeira mais equilibrada.
Faça um mapa de Entradas e Saídas
Pode parecer algo extremamente complexo, mas não. O Mapa de Entradas e Saídas é apenas um registo das suas receitas e despesas mensais. Pode utilizar uma aplicação no telemóvel, um Excel ou um quadro desenhado numa folha em branco. O objetivo é que perceba concretamente no que é que gasta o seu dinheiro.
Pergunte a si mesmo onde pode começar a poupar.
Para facilitar, recorra aos seus extratos bancários dos últimos meses. Se puder, faça esse registo em relação aos 12 meses anteriores. Utilize várias categorias para classificar os movimentos (Ex. Supermercado, Farmácia, Combustível, etc.). Repita o processo nos próximos meses.
Orçamente
Orçamentar é diferente de registar as entradas e saídas. Orçamentar significa fixar limites. Defina limites mínimos e/ou máximos para as suas despesas Essenciais, para as despesas com Lazer e Bem-Estar e limites para a sua Poupança. Faça-o de foma realista e considerando a sua situação em particular. Um mero registo daquilo que ganha e daquilo que gasta, em nada vai contribuir para a saúde das suas finanças pessoais. Precisa de definir ( e cumprir ) esses limites.
Crie hábitos de Poupança
Mais uma vez, não importa quanto ganha no final do mês – defina aquilo que pode poupar e faça-o de forma regular e consistente. Retire o dinheiro para a poupança no dia em que recebe o ordenado, não espere pelo fim do mês para ver o que sobra.
Poupe primeiro, Gaste Depois.
Constitua o seu Fundo de Emergência
Este fundo deve ser o seu primeiro patamar de poupança. É um valor a que só deve recorrer para fazer face a situações inesperadas. Deve separar este dinheiro da sua conta-corrente do dia a dia e aplicá-lo numa conta a prazo ou num certificado de aforro, por exemplo. Neste fundo deve ter depositado o valor correspondente a 6 ou 12 meses das suas despesas essenciais.
Saiba distinguir Emergências de Despesas não Regulares
Uma emergência é uma situação não previsível. Por exemplo, o pagamento do IMI, do IUC e o seguro anual da casa, não são emergências. Pelo contrário, são despesas previsíveis, apesar de não serem regulares. Não deve utilizar o seu fundo de emergência para fazer face a estes encargos.
Dica: No início/fim de cada ano, faça uma análise de todas as despesas não regulares com que deve contar no ano seguinte (como as que referimos acima e outras, como: presentes de natal, aniversário ou casamento, férias ou escapadinhas que esteja a planear fazer). Faça o somatório e divida pelo número de meses do ano. O resultado desse cálculo é o valor que deve colocar de parte todos os meses. Nos meses em que se verificarem essas despesas não regulares, faça pequenos resgates – dessa forma não estará a prejudicar o seu orçamento mensal.
Evite dívidas
Seja ponderado(a) no que respeita ao recurso ao crédito, sobretudo, o crédito ao consumo. Se já tem vários créditos contratados, pondere criar um plano de amortização antecipada – pode começar pela dívida de menor valor ou pela dívida com a taxa de juro mais elevada.
Invista no seu Conhecimento
Estude sobre Finanças Pessoais e coloque os ensinamentos em prática. Não precisa de gastar dinheiro para o fazer!
Um curso sobre finanças pessoais é, sem dúvida, um excelente investimento. Mas pode sempre optar por visitar a biblioteca mais próxima da sua zona de residência e procurar livros sobre o tema. Ouça Podcast’s. Frequente cursos e seminários … As possibilidades são infinitas.
Invista em Ativos Financeiros
Referimo-nos a Ações, ETF’s, Obrigações, Fundos de Investimento, Imobiliário, etc. – ou seja, a um conjunto de instrumentos financeiros com potencial de rentabilidade (com diferentes níveis de risco).
Mas, para dar esse passo, é obrigatório que invista, em primeiro lugar, na sua literacia financeira.
Um maior nível de conhecimento vai permitir-lhe tomar decisões mais conscientes e mais adequadas ao seu perfil de risco.
Diversifique
A diversificação na alocação de ativos financeiros é uma das regras de ouro para os investidores. Certamente já ouviu falar na expressão: ”Não colocar todos os ovos na mesma cesta”. O que esta expressão significa é que a diversificação da sua carteira de investimentos é a melhor forma de minimizar o risco.
Viva dentro das suas Possibilidades
Ajuste o seu estilo de vida às suas receitas mensais e faça um controlo rigoroso de todos os seus gastos. Isso não significa que deva privar-se de todos consumos que lhe proporcionem bem-estar (pelo contrário). Mas deve limitá-los ao seu nível de rendimento e aos objetivos que definiu no seu orçamento. Podemos ir mais longe e considerar praticar um estilo de vida abaixo das nossas possibilidades, de forma a potenciar a nossa capacidade de poupança e de investimento.
Estes são apenas alguns tópicos que podem ajudá-lo(a) a tornar as suas finanças pessoais mais equilibradas e, em consequência, alcançar os seus objetivos financeiros a curto, médio e longo prazo. São sugestões genéricas que pode ter por base para adaptar à sua realidade pessoal e familiar.